O Exército Português e o Apoio Britânico

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Mestre Sérgio Veludo Coelho / http://www.revistamilitar.pt/artigo.php?art_id=501

 

Face às dificuldades que a Inglaterra atravessava em 1807, Napoleão acreditava que poderia desferir um golpe fatal no seu inimigo com uma vitória fácil e rápida sobre um alvo indirecto, além de que após o sucesso de Tilsit, necessitava de mais glórias militares para preservar o seu poder em França. Assim decide-se por atacar o elo mais fraco face ao Atlântico, pois o controle continental estava, aparentemente, assegurado. Após as conversações de Tilsit, era premente atingir a Inglaterra, mesmo que de forma indirecta e para isso escolheu-se Portugal. E existiam muitos pretextos para tal.

Portugal escusava-se a participar no Bloqueio Continental, havia deixado de pagar as indemnizações da guerra de 1801 e, na prática, continuava a permitir o reabastecimento de navios ingleses nos seus portos. Ainda que Portugal fosse uma potência, considerada de segunda ordem e detentora de um extenso império colonial, a sua situação económica e financeira era débil por se basear em meios artificiais de desenvolvimento. Assim, durante o século XVIII, o ouro, o açúcar e o tabaco do Brasil, que tinham sido a base do bem-estar económico e financeiro das classes aristocrática e burguesa de Portugal, estavam, nos inícios do século XIX, a sofrer uma forte concorrência das plantações francesas e inglesas das Antilhas e das plantações da América do Norte, agravando-se a situação pelo esgotamento do ouro do Brasil. Só o aumento do investimento no cultivo do algodão permitiria algum alívio, mas todos os retornos financeiros do comércio colonial nunca haviam sido aplicados no investimento do desenvolvimento agrícola e industrial da metrópole

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